Estado Antinegro: Reflexões da Rede Liberdade no Le Monde Diplomatique Brasil

Jovens negros são as principais vítimas de violência letal no Brasil em geral e, no recorte de mortos pela polícia, o perfil é ainda mais jovem e negro” – Drª Amarilis Costa ao Le Monde Diplomatique Brasil, edição brasileira do periódico francês, sobre o lançamento do livro digital.

 

POR ISABELLA AMARO
 

No mês de lançamento do livro “Letalidade Policial e Seletividade Penal: Reflexões Produzidas por Corpos Matáveis”, a Drª Amarílis Costa, diretora executiva da Rede Liberdade, publicou um artigo no portal do Le Monde Diplomatique Brasil. Você pode acessá-lo neste link.

A advogada destaca que o extermínio da juventude negra não afeta exclusivamente os jovens e adolescentes. Outras vidas também são profundamente impactadas por essas tragédias, especialmente as mães negras, ao sucumbirem a doenças e ao sofrimento emocional resultante da falta de justiça.

Em suas análises, ela sublinhou a importância de um diálogo iminente sobre o arraigado racismo sistêmico nas estruturas de aplicação da lei, lançando luz sobre a seletividade punitiva que marginaliza grupos específicos. “Esta é a história da democracia no Brasil: uma história de massacres, chacinas e execuções em massa.”

Que o livro seja mais um grito de alerta contra a violência da ação policial no Brasil. Letalidade, seletividade e racismo precisam ser removidos o quanto antes do nosso desigual e perverso dia a dia”, afirma Amarilis.

A publicação no Le Monde deu destaque ao livro lançado em agosto produzido por mulheres negras integrantes da equipe Rede Liberdade. Com autoria de Carmen Lúcia Lourenço Felippe, e direção de pesquisa por Amarílis Costa, a obra também conta com valiosas contribuições de Bruna Rocha, Elaine Gomes, Isabella Amaro e Paula Cristina.

O prólogo é escrito pela própria diretora, em colaboração com o advogado e ex-secretário para assuntos jurídicos da presidência da república Beto Vasconcelos, e aprofunda as interconexões entre a letalidade policial, o racismo e o sistema de justiça no Brasil.